5 NOÇÕES BÁSICAS DE GESTÃO PATRIMONIAL QUE VOCÊ PRECISA DOMINAR

noções básicas de gestão patrimonial que você precisa dominar

Lidar com clientes, fornecedores e funcionários é tarefa comum na rotina empresarial. Como não é nada fácil tratar dessas três áreas, muitos gestores e empresários podem acabar por se esquecer de dedicar um tempo a outro setor importantíssimo: a gestão patrimonial, sendo ela fundamental para a empresa que deseja controlar os bens de forma eficiente e organizada.

Para ajudar a resolver esse problema, compartilhamos neste artigo algumas ações, dicas e informações que não podem ficar de fora da rotina de um negócio de sucesso.

Acompanhe!

O que é e qual a importância da gestão patrimonial?

A gestão patrimonial consiste na administração de todos os bens de uma pessoa jurídica, ou seja, imóveis, móveis, softwares, máquinas, veículos e outros que componham o patrimônio do seu negócio e que sejam capazes de gerar resultados positivos para sua empresa.

Justamente por tratar de bens tão importantes é que a gestão do patrimônio não pode ser relegada a segundo plano. Sem esse tipo de controle, corre-se o risco de comprometer a idoneidade do controle financeiro do seu negócio, já que não haverá transparência das operações junto aos investidores e o fisco.

Além disso, a gestão patrimonial oferece informações essenciais ao gestor, indicando, por meio da análise do patrimônio acumulado, se a empresa está em crescimento, estagnada ou em declínio. Quando bem executada, ela permite a redução de gastos e de depreciação, a previsão de custos e muitas outras vantagens, como:

  • balanços mais precisos que auxiliam os gestores a tomar decisões mais acertadas;
  • avaliação mais precisa de quanto a empresa realmente vale, melhorando a atração de investidores;
  • ajuda a atender às exigências dos bancos, no caso de aquisição de crédito;
  • torna muito mais difícil que desvios de recursos aconteçam, porque todos os bens estão identificados e registrados;
  • facilita na hora de cortar custos, já que o gestor conseguirá fazer uma projeção baseada no tempo de uso de cada equipamento ou maquinário;
  • permite a gestão do risco no caso de eventuais sinistros, já que é possível controlar os bens que precisam ser segurados;
  • evita fazer investimentos desnecessários.

Bens e patrimônio

O conceito de patrimônio engloba não apenas os bens de uma companhia, mas também os direitos e as obrigações que estejam em nome de uma organização ou pessoa jurídica. Ou seja, o que a empresa tem direito a receber pelas suas vendas e, também, os valores assumidos pela companhia para pagamento, como as dívidas com o governo, os fornecedores e outros.

Já os bens são os itens com valor econômico e podem ser transformados em dinheiro para o seu negócio. Existem vários tipos de bens, como:

  • tangíveis: aqueles com forma física e que podem ser mensurados facilmente, como maquinários, mercadorias, matéria-prima, equipamentos etc.;
  • intangíveis: os que não têm forma física, mas apresentam valor, como direitos autorais, patentes, marca etc.;
  • imóveis: objetos que não podem ser movidos, como terrenos, sede da empresa, instalações físicas, construções etc.;
  • móveis: itens que podem ser movimentados sem perder sua qualidade ou sofrer danos, como mobília, veículos, equipamentos de produção etc.;
  • consumo: aqueles empregados no processo produtivo, como combustível, materiais administrativos, produtos de higiene etc.;
  • numerários: correspondem aos valores monetários, como o dinheiro disponível nas contas da empresa ou no caixa;
  • venda: produtos destinados à comercialização (tanto os que estão nas lojas como aqueles em estoque);
  • primários: itens que não foram transformados ou modificados, como os insumos;
  • intermediários: usados para produzir outros itens na indústria;
  • de produção: os empregados na produção de outros bens e responsáveis diretos por isso, como equipamentos e maquinários;
  • finais: mercadorias para o consumo que podem ser duráveis, semiduráveis ou não duráveis.

Quais são os tipos de gestão patrimonial?

Os tipos de gestão patrimonial variam bastante, indo desde um relacionamento distante entre a empresa e a instituição até um aconselhamento mais próximo. Além disso, a gestão pode cuidar apenas do lado financeiro ou de vários aspectos relacionados à empresa.

A seguir, conheça quais são as principais categorias.

Bancos e consultores de investimento

Esse tipo de gestão pode ser comparado a um atendimento varejista, o que significa que está longe de ser uma consultoria feita de maneira exclusiva. Sendo assim, o banco oferece um auxílio não personalizado nos processos mais básicos e, também, para o esclarecimento de dúvidas.

Além disso, ainda é possível contar com os consultores de investimentos, o que permite ter um atendimento mais próximo. Outra diferença em relação aos bancos é que, nesse caso, as condições dos produtos costumam trazer melhores condições.

Wealth management

Traduzido como gestão de riqueza, esse tipo de serviço é prestado por meio de consultorias e vai além da aplicação de dinheiro, já que é responsável por cuidar de toda a administração do patrimônio. É indicado para empresas que desejam, além de se preservar, investir no crescimento do negócio.

Private banking

Voltado para clientes com um patrimônio milionário, o serviço private banking tem como finalidade proporcionar benefícios exclusivos, investindo os recursos nos ativos principais do mercado. O consultor financeiro desse tipo de serviço oferece as melhores ofertas, além de outras exclusividades, como horários reservados e até mesmo viagens e almoços de negócios.

Consultorias empresariais

Existe no mercado diversas empresas de consultoria, sendo algumas com foco em um determinador setor, enquanto outras são especializadas em aspectos específicos relacionados à gestão de patrimônio. Sendo assim, é fundamental conhecer quais são os seus objetivos antes de buscar pelo tipo de consultoria que melhor se encaixa na sua estratégia.

Como fazer a gestão patrimonial da empresa?

Já está convencido de que a gestão dos bens da sua empresa é algo importante? Então, veja as dicas que separamos:

1. Implante um manual de normas e procedimentos

Um manual de normas e procedimentos é composto por um conjunto de procedimentos operacionais padrão (POP). Resume-se a um documento que indica detalhadamente todas as operações necessárias para a realização das tarefas comuns no ramo de atividade da empresa.

Na gestão patrimonial, é importante contar com esse tipo de manual personalizado com as normas de recepção, registro, controle e uso dos bens da empresa. A padronização no uso dos ativos permite que eles tenham a maior vida útil possível e diminui os riscos de perdas por mau uso.

Ainda, é importante definir por escrito as regras para segurança do patrimônio, que devem envolver o controle de acesso às dependências da empresa, controle para requisição de materiais e estoques, e normas para vigilância ostensiva das dependências da companhia.

2. Tenha um plano de manutenção bem definido

São vários os benefícios proporcionados por um plano de manutenção preventiva. Um deles é poder contar com a garantia e a assistência dos fornecedores, geralmente condicionadas aos prazos de revisões periódicas de máquinas e equipamentos.

Outra vantagem muito importante é diminuir a possibilidade de paradas na produção e a indisponibilidade de ativos para aluguel, decorrentes de quebras e falhas por falta de manutenção. Além da manutenção preventiva, é fundamental desenvolver a cultura de manutenção preditiva, que tem a função de prever quando um equipamento precisa de reparos, em vez da simples substituição de uma peça ao fim de um tempo previamente estipulado.

3. Faça inventários físicos periódicos

O inventário físico permite determinar a real existência dos bens registrados. A realização de inventários de estoques já é uma prática comum nas empresas. O de imobilizado, porém, ainda é bastante ignorado. Empresas com boa gestão patrimonial fazem o inventário rotativo, ou seja, aquele que é feito periodicamente e não apenas no fim de cada ano.

Para isso, a empresa conta parte de seus bens em cada período. Essa prática permite identificar desvios a tempo de corrigi-los. É importante que o inventário seja feito de forma autônoma. Quando não for possível que as pessoas façam a contagem sem atrapalhar a rotina de controle dos bens, é fundamental que um funcionário independente acompanhe esse processo.

4. Adéque o registro de seus ativos às normas contábeis

Os relatórios contábeis são uma ferramenta para acompanhamento da saúde financeira da empresa. Por isso, quando a contabilidade não é feita de acordo com as normas legais, o gestor corre o risco de tomar decisões importantes baseando-se em números e valores incorretos. A contabilização acertada do patrimônio também permite uma melhor gestão tributária, já que as despesas relacionadas ao patrimônio podem servir como base de dedução de impostos.

5. Conte com um software de gestão patrimonial

É praticamente impossível fazer uma boa gestão patrimonial sem contar com um bom software. Os detalhes que merecem atenção são muitos e devem sempre estar interligados. Por isso, é difícil que a empresa cresça e ganhe mercado usando apenas planilhas ou controles impressos.

Sistemas como o SAM permitem gerenciamento de histórico de equipamentos, controle de localização e acompanhamento do plano de manutenção preventiva, facilitando a gestão patrimonial e fazendo com que ela aconteça integrada às demais necessidades comerciais e operacionais da empresa.

Como fazer o inventário empresarial?

O inventário empresarial consiste em uma descrição detalhada de todos os bens e materiais de uma empresa, como maquinários, equipamentos, computadores, móveis etc. Ao catalogar e manter o inventário atualizado, é possível ter uma visão organizada e atualizada dos itens.

Isso é fundamental para se preparar de maneira adequada à necessidade de adquirir ou repor novos equipamentos. Quando o inventário não é feito, os bens que precisam de conserto ou serem trocados devido a quebras acabam por prejudicar a empresa com atrasos.

Antes de dar início ao inventário, é fundamental um planejamento para manter tudo bem organizado, definindo quais são as categorias e subcategorias. Para tornar essa gestão de patrimônio mais fácil, o indicado é usar recursos como etiquetas, placas e fichas. Em seguida, definas os funcionários que serão responsáveis por catalogar e gerenciar as informações.

O registro de cada item pode ser feito da seguinte maneira:

  • categoria;
  • responsável pelo registro;
  • área do responsável;
  • data de compra do item;
  • idade e valor de compra do item;
  • número de série e modelo;
  • valor atual após uso;
  • vida útil do bem em anos;
  • estado de conservação;
  • depreciação sofrida;
  • local de armazenamento.

O que acontece se não houver a gestão do patrimônio da empresa?

Sem esse controle, é muito difícil que o gestor consiga estimar quanto de depreciação atinge cada bem inventariado. Isso pode causar dificuldades na hora de mensurar os custos e as despesas operacionais. Além disso, manter uma gestão adequada também é importante para que seu negócio atue de acordo com a lei e com as exigências de órgãos governamentais. Se você não atentar para essa questão, poderá cair a malha fina e sofrerá com sanções e multas.

Como você viu neste artigo, ter uma boa gestão patrimonial é fundamental para administrar melhor a sua empresa. Isso porque, além de evitar problemas com o fisco, também é fundamental para que seja possível identificar quando é o momento ideal para fazer investimentos ou cortes nas despesas.

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